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Mostrando postagens de abril, 2008

De cabeça pra baixo - I

Aprendemos cedo, desde criança a seguinte sabedoria popular: "O que importa é a intenção". É aplicada para muita coisa, principalmente para justificar outra frase: "Não importa a sua religião, o que importa é fazer o bem". "Então, Paulo, levantando-se no meio do Areópago, disse: Senhores atenienses! Em tudo vos vejo acentuadamente religiosos ; porque, passando e observando os objetos de vosso culto, encontrei também um altar no qual está inscrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Pois esse que adorais sem conhecer é precisamente aquele que eu vos anuncio. " (Atos 17:22,23). "agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam " (Atos 17:30) Muitas vezes a intenção atrás daquela sabedoria popular é evitar o confronto, a divergência, a intolerância, a briga, a dúvida, a dificuldade, contudo cria outro problema: o simplismo.

Sem palavras de consolo

Lembro de um dia muito triste um tempo atrás quando não passei num concurso. Eram muitos dias de expectativa, até planejamentos, principalmente após ter passado num concurso anterior pela primeira vez (não dentro das vagas, mas quase). Pelo menos próximo das vagas era o mínimo esperado. Não estava preparado para tal possibilidade : de não passar, nem aparecer na lista de aprovados. Naquele dia chorei muito, fiquei arrasado. Não imaginava tal possibilidade. Num momento então levei Renata para uma praia quase deserta - Praia de Campina - e ficamos um tempo em silêncio olhando o mar. Ela sabia que eu não queria ouvir palavras como "não fique assim", "as coisas vão melhorar", "não é fim"... Eu queria companhia apenas. Então comecei a conversar com ela. Não sobre o ocorrido, mas sobre como as pessoas pensam a respeito de fatos inesperados, adversos ou até, numa visão estreita da vida, injustos. Algumas pessoas gostam de pensar que seus atos morais/espiritu