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Mostrando postagens de 2007

Amor Santo

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Existem basicamente duas concepções a respeito da pessoa de Jesus quanto à finalidade de seu sacrifício: Ser um exemplo, guia, modelo, inspiração, catalisador de expiação pessoal ; Ser expiação vicária . A primeira é mais comum entre religiões de origem oriental ou de tradição não-cristã. A segunda é de origem judaica-cristã. O ponto é saber qual a implicação de cada uma, não para saber quem está certo ou errado, mas pelo menos para compreender as diferenças. Expiação é o pagamento de crimes ou pecados cometidos. O termo "pessoal" significa que quem cometeu o pecado pagará por ele inevitavelmente. E o termo "vicário" significa substituto, quer dizer, outro paga pelo pecado de quem o cometeu. Pode parecer incomum o termo "vicário" mas expiação pertence a um contexto jurídico, onde é permitido a imputação da culpa dos pecados a quem não os cometeu por meio de delegação . Por exemplo, um gerente delega uma função para seu subordinado. O mér

Empatia no trânsito

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A falta de educação no trânsito é enorme. E acredito principalmente por causa da falta de empatia pelo outro motorista. Finalmente consegui um carro e deixei a moto: Twister, 2002. Mas neste momento inicial, de adaptação, estou andando devagar para economizar na gasolina. O carro é muito bom: Clio 1.0, 2003. Tive que usar a moto como entrada. Quando andava a moto geralmente reclamava dos carros que andavam devagar: em torno de 30Km/h a 50Km/h. E fazia questão de olhar na cara do motorista para notar que era ou uma mulher ou uma pessoa da terceira idade (estereótipos de motoristas "lentos"). Meus pensamentos para justificar a raiva normalmente eram: "o cara tem um carrão e anda devagar"; "é um horário de pico"; "estou atrasado". Agora estou com vergonha. Na necessidade de andar devagar, a mesma faixa de velocidade reclamada, mesmo se conservando à direita, dando vez para o próximo, recebo várias buzinadas e cortes de luz - e sem justifica

O risco da convivência

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Normalmente quando um namoro começa, o casal espera um relacionamento feliz a dois. Tudo é "só alegria", o que proporciona uma maior dedicação um ao outro. Contudo o risco da convivência vir a destruir o próprio relacionamento não é levado em conta - e não deixa de ser natural pelo incipiente empreendimento pessoal. Todo relacionamento é um empreendimento com riscos, sejam pessoais (um namoro, uma amizade) ou profissionais (um trabalho, um cargo). Espera-se algo constante de uma amizade ou de um trabalho, não necessariamente mensurável ou palpável, como por exemplo respeito, atenção, boa comunicação, fidelidade, bom trato, que pode não vir a acontecer ou desaparecer com o tempo por causa exatamente da convivência. Não qualquer convivência. Às vezes convivemos com uma excelente pessoa na faculdade. Nas aulas, nos estudos, na monitoria, enfim, no ambiente da faculdade onde convivem. Contudo o mesmo pode ser um péssimo colega de trabalho. É um amigo que é preferível não ter

Entendendo Diferenças Religiosas - IV

Agora saindo do contexto Protestantismo x Espiritismo, temos mais diferenças como o Protestantismo x Catolicismo e o Protestantismo Calvinista x Protestantismo Arminiano. 1. O ponto clássico do Protestantismo x Catolicismo é em torno da Justificação pela fé ou pelas obras. E o do Protestantismo Calvinista x Protestantismo Arminiano é em torno da Salvação com ou sem predestinação/eleição. No fim das contas, discussões sem fim nestes pontos na verdade revelam a ignorância dos pressupostos de um e do outro. Os dois comparativos feitos no contexto Protestantismo x Espiritismo são um exemplo de como podemos detectar o gargalo que não permite a discussão crescer. Alimentando assim o famoso dito popular: "Religião, Futebol e Política não se discutem". Ora, nesta confusão acaba havendo muito líder protestante pregando justificação pela fé semelhante ao do catolicismo e muito arminiano crendo em pilares do calvinismo sem querer aceitar as implicações inevitáveis de tal crença.

Entendendo Diferenças Religiosas - III

Agora vejamos um comparativo entre Protestantismo e Espiritismo com relação ao ponto Evolução Espiritual. 1. Evolução Espiritual Protestante Espírita 1 Todos podem evoluir? Sim. Sim. 2 Depende de quê? Da natureza da liberdade moral. Do conhecimento (moral e intelectual) aprendido. 3 Qual visão filosófica envolvida? Aristotélica. Socrática. 4 Qual natureza de liberdade considerada? Verdadeira liberdade. Livre-arbítrio. A questão da evolução espiritual entre o protestantismo e o espiritismo é na verdade um problema de discurso religioso, como veremos. Isto é, é comum um espírita enfatizar esse ponto como se tal assunto não existisse em doutrinas tradicionais como a protestante: “Introduz o novo conceito de evolução espiritual, onde cada um é o responsável direto pelo seu próprio crescimento, e ao mesmo tempo há uma co-responsabilidade pelo crescimento de todos, a fraternidade universal”[1]. Mas mesmo

Entendendo Diferenças Religiosas - II

Vejamos agora um comparativo entre duas religiões bem conhecidas no Brasil - Protestantismo e Espiritismo - com relação a um ponto único: Inferno. 1. Característica (Inferno) Protestante Espírita 1 Como é determinado o grau de sofrimento? Procedimentos Procedimentos 2 Existem níveis de inferno? Sim Sim 3 Onde? Um lugar gerado conforme a má natureza das criaturas. Um lugar gerado conforme o baixo nível do espírito. 4 Quanto tempo dura? Eternidade Enquanto não evoluir 5 Quem controla? Deus Homem 6 Qual a natureza? Punitiva Disciplinar Primeiro, vamos entender as semelhanças na tabela acima (em itálico). Aliás, até o final da análise desse tópico veremos que todas as características acima serão semelhantes, se considerando um(s) determinado pressuposto, e continuarão como estão se colocarmos outro(s) pressuposto(s). O inferno no protestantismo é tão "horrível

Entendendo Diferenças Religiosas - I

O foco aqui não será mostrar qual visão religiosa é a mais verdadeira – apesar de eu crer em uma como verdadeira em pontos cruciais da fé – mas colocar em questão como os pressupostos estão interligados na definição de uma prática. Também fazer uma comparação entre as diferentes cosmovisões religiosas mostrando onde são comuns e distintas, explícita e implicitamente. Ora, podemos encontrar diferentes crenças que apresentam alguns aspectos em comum, já outros são totalmente excludentes apesar se usarem até as mesmas palavras. 1. Cosmovisão Ter consciência de sua própria cosmovisão – uma séria de crenças sobre os assuntos mais importantes da vida – é importante para o auto-conhecimento e o entendimento de outras crenças. Em cada cosmovisão está implícito um esquema, um padrão ou conjunto de idéias pelo qual usamos para interpretar ou julgar a realidade . O resultado da nossa interpretação ou julgamento da realidade determina como será a nossa reação perante essa realidade. Se fôs

Perseverança, Solidariedade, Contemplação e Reza

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1. Deus não vê uma multidão de pessoas orando, nem a quantidade de horas de uma oração. Ele vê corações solidários e perseverantes. "E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque pensam que pelo seu muito falar serão ouvidos." (Mateus 6.7) Os gentios tinham uma crença pragmática na quantidade. Era o dito: "quanto mais, melhor". Quantidade era sinônimo de força. Aliás, isto é verdadeiro quando queremos uma resposta mais rápida dos serviços públicos. Talvez por isto tal princípio ganhou popularidade. Hoje não é diferente. O problema é colocar um princípio verdadeiro numa área (social) em outra (espiritualidade) sem avaliar o contexto. Não estamos mais lhe dando com uma força impessoal, um serviço pré-programado para determinada situação, passível a pressões, uma máquina cuja produção aumenta com um maior volume de matéria-prima. Estamos lhe dando com um Ser Pessoal, Onipotente, Onisciente e Onipresente. 2. Existe repetição vã e perse

Aos seus pés

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Renata, estou aos seus pés. Te encontrar foi uma revolução na minha vida. Passei a te amar como se tivesse reencontrado aquele grande amor do passado. E não resisti. Cai de amor aos seus pés. Passei a ser escravo do meu amor por você, assim como somos para com Deus. E a graça continua superabundante. Agora temos um fruto eterno do nosso amor. E é um sentimento novo do qual não resisto. Sou escravo dele também. Estou mais ainda aos seus pés. TE AMO. ho! Ajú!

Aniversário do meu pai

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Certo dia, antes do meu casamento, meu pai havia me dado um chaveiro para fazer propaganda de seu escritório. Preferia algo mais discreto e menor. De qualquer forma, juntei com outras coisas realmente importantes: as chaves da minha casa, do meu trabalho e da casa dos meus pais. Então, o chaveiro ficou ali, fazendo mais peso e sem valor algum. Contudo, tenho um amor indescritível pelo meu pai. Talvez, descrevendo o prazer que tenho da presença dele, possa ter uma idéia. Sinto uma “doce agonia”, uma “paz anestesiante” quando o vejo fazendo coisas naturais do dia-a-dia: jogando futebol, falando sobre Direito, das aulas da faculdade... Eu sempre o beijo e o abraço como se acabara de reencontrar a amada perdida de longos anos. Se eu pudesse, “namoraria” meu pai a todo instante. E não foi a ligação biológica a causa deste amor. Só há pouco mais de cinco anos é que redescobri meus pais, acredito pela graça de Deus. Até então éramos uma relação cívica de criador e criatura. Mas como filh

Mais um chaveiro: Aquiles e Edith

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Tenho agora mais um chaveiro e o amor mais uma vez me surpreendeu. De fato, não há um padrão, uma condição, um tempo, uma experiência, uma relação, uma lei ao nosso entendimento para o amor. Basta apenas existirmos. Certo dia, antes do meu casamento, meu pai havia me dado um chaveiro para fazer propaganda de seu escritório. Preferia algo mais discreto e menor. De qualquer forma, juntei com outras coisas realmente importantes: as chaves da minha casa, do meu trabalho e da casa dos meus pais. Então, o chaveiro ficou ali, fazendo mais peso e sem valor algum. Contudo, tenho um amor indescritível pelo meu pai. Talvez, descrevendo o prazer que tenho da presença dele, possa ter uma idéia. Sinto uma “doce agonia”, uma “paz anestesiante” quando o vejo fazendo coisas naturais do dia-a-dia: jogando futebol, falando sobre Direito, das aulas da faculdade... Eu sempre o beijo e o abraço como se acabara de reencontrar a amada perdida de longos anos. Se eu pudesse, “namoraria” meu pai a todo instante

De nada adianta a liberdade se não temos a liberdade de errar?

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"De nada adianta a liberdade se não temos a liberdade de errar" (Gandhi). Porque de nada adianta a liberdade de errar se já temos o conhecimento do erro. Ora, porque alguém gostaria de fazer algo errado sabendo do mau desse erro? Só faria então por dois motivos: ou porque sua natureza (mente, coração e/ou vontade) é má ou porque desconhece que erro é de fato um erro. Se tivéssemos o conhecimento do erro e a impossibilidade de errar não haveria a necessidade da liberdade de errar. Teríamos então uma liberdade perfeita onde haveria uma natureza (mente, coração e vontade) voltada a não errar. A liberdade que hoje vivemos é verdadeira (porque vivenciamos o que é falso e verdadeiro) contudo não perfeita (porque não temos garantia de vivermos apenas o verdadeiro). A liberdade perfeita não pode ser alcançada gradualmente com a mesma natureza que tem a liberdade verdadeira. Não pode existir a noção de aos poucos cada vez mais perfeito. Na verdade você pode exper

"Isto vos escandaliza?"

"Muitos de seus discípulos, ouvindo isto, disseram: Duro é este discurso, quem o pode ouvir? Compreendendo que seus discípulos murmuravam a respeito disto, Jesus lhes disse: Isto vos escandaliza ?" (João 6:60,61). Outra coisa que não consta num " guia prático de virtudes e pecados" (ver "A Praga do Legalismo"*), acredito ser a dificuldade em separar escândalo legítimo do ilegítimo ou diferenciar discordância de fraqueza. Diante de um sermão que acreditamos ter pontos divergentes da própria Bíblia podemos nos "escandalizar". Podemos ter normalmente um ato de discordância - com certa surpresa, já que um pregador deveria zelar pelo entendimento correto das Escrituras. Da mesma forma pode ocorrer com a prática de um determinado líder - este acreditando ser correta - mas pensamos ser de encontro com a moralidade cristã. Logo, casos legítimos num contexto de liberdade de pensamento: cada um defende aquilo que acredita ser verdadeiro biblicamente.

Implicação da Cruz: Segurança Eterna

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Certamente todo crente reconheceria que toda a glória da salvação do pecador pertence a Deus. Mas isto normalmente fica na intenção, na prática ocorre diferente quando avaliamos as causas e conseqüências de seus pensamentos. Ora, nenhum crente deve se vangloriar na presença de Deus (I Coríntios 1.29), mas as implicações de seu pensamento ou prática podem levar a isso. Devemos está sempre nos policiando de nossos próprios pensamentos e caminhos. O crente perde ou não a salvação? Esta é um pergunta antiga, que para alguns é um assunto polêmico e já para outros é secundário. Contudo, não podemos negar a importância do assunto porque acreditamos com o exposto bíblico ser uma implicação da “palavra da cruz”, mais especificamente da justificação pela fé. E diminuir ou negligenciar algum ponto da justificação pela fé é afetar diretamente a glória devida a Deus. Graves implicações bíblicas Vejamos quais as implicações em se adotar a perda da salvação como possível ou verdadeira: 1.