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Mostrando postagens de março, 2015

Aprendendo uma disciplina de conhecimento pelo todo básico inicial e não por partes lentas, um breve pensamento

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Estava fazendo um "resumo geral" do livro "Lógica e Álgebra de Boole" de J.Daghlian, o qual tive contato há mais de 10 anos, e, na época, não tinha entendido bem o todo, quando cheguei ao final de uma disciplina de eletrônica, porque essa lógica me foi apresentada, em uma sequência de partes, sendo cada parte apresentada em um longo período de tempo. Ao fim, a impressão foi de ter passado por partes que não pareciam conexas, ou pior, componentes de peças maiores. Foi aquele ditado: "só sei que é assim". Agora fazendo esse "resumo geral" no livro, percebo como as partes estão conectadas, distinguindo o essencial do acessório, por exemplo, sem necessariamente fazer um treinamento ou especialização em cada parte (apenas se restringindo a entender o conceito básico e como está relacionado com o seguinte ou anterior). Isso me permite fazer aprofundamentos posteriores sem perder de vista o cenário maior. E dessa forma, consigo memorizar e recu

Afinal, o que é mito? Alguns apontamentos.

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Novamente, para posterior reflexão, seguem alguns apontamentos sobre o conhecimento mítico, principalmente após o contato com uma explanação confusa de sua diferença com o conhecimento filosófico. 1. Parece haver uma tentativa comum em identificar o mito sempre como reflexo de determinados grupos religiosos (especialmente os cristãos) ou de uma fase primitiva da humanidade. 2. No século XVII, para os vários biólogos, questionar a teoria da abiogênese era o mesmo que "questionar a razão, senso e experiência". Assim era popular e científico acreditar na "geração espontânea de diversos animais, como sapos, ratos, enguias e tartarugas, a partir de fontes como água, ar, madeira podre, palha, entre outras" (Wikipedia). 3. Anthony Hoekema, um dos maiores contribuintes da antropologia teológica protestante, a respeito da narração da criação do homem a partir do barro, em sua obra "A Bíblia e o Futuro", afirma que não é necessário supor que o homem foi f

O que é Filosofia?

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Escola de Atenas (1511) O que é Filosofia? (26/03/2015,  8:30h-9:27h) É a possibilidade de conceber a semente de um ecossistema intelectual, não por meio de mitos, nem de religiões ou teologias, nem das ciências, ou mesmo por suas engenharias, nem de artes, mas também permitindo o desenvolvimento, morte ou ressurreição, de todos esses ecossistemas. O conhecimento mítico não tem pretensão teorética alguma, pois qualquer fantasia, ou animação do inanimado, é suficiente para explicar algo, satisfazendo a mente, não o racional. Seu crescimento, ou pior, sua frutificação acontece pela falta de crítica racional. O conhecimento religioso, por sua vez, não sistemático como o teológico, apesar do forte dogmatismo em seus praticantes, ou mesmo dos mitos, que possuam existir, nenhum deles buscam tais males, porém oferecer um sentido espiritual e uma prática moral, baseados em pontos de fé, que se irracionais, não por definição, mas por acidente de seus doutrinadores, pois essa crenç

Alguns apontamentos sobre conhecimentos míticos, religiosos, filosóficos e científicos

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Este mês particularmente tive um contato, um pouco incômodo, com explanações sobre os conhecimentos míticos, religiosos, filosóficos e científicos. Primeiro numa disciplina de metodologia da pesquisa científica, em uma especialização de Engenharia e Arquitetura de Software. Depois numa aula de Ética, em um curso de graduação em Filosofia. Então, para organizar esse incômodo, fiz alguns apontamentos, em cima de dessas explanações (resumidas nos dois primeiros apontamentos). 1. É colocada uma separação crono-lógica, entre os conhecimentos míticos (populares), religiosos (teológicos), filosóficos e científicos, a qual seriam como etapas para se chegar à verdade, primeiro o mito, por fim, a verdade (científica). Isso baseado num olhar histórico, do qual o monoteísmo teria surgido do politeísmo, assim como a filosofia da ruptura dos mitos, iluminando (libertando) o homem em meio a uma confusão de conhecimentos míticos ou dogmáticos. A diversidade religiosa de hoje, por exemplo, cada v

Apontamentos sobre tolerância e aceitação

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1. Parece haver uma desvalorização quanto à tolerância, como se fosse um mal a ser combatido, para se alcançar uma certa igualdade, religiosa, por exemplo. 2. A intolerância é não suportar a presença do outro, ou pior, a convivência, por algum valor divergente. É uma tristeza, inicialmente intelectual, manifestada, por fim, socialmente. É uma triste honestidade, mas verdadeira, mesmo na maior simplicidade em não saber lidar com a presença do outro. A distância parece ser um bom contorno, não uma solução definitiva. O ideal talvez fosse não haver divergência... E quando o mundo deixará de ter novidades, logo diferenças? 3. A tolerância, por sua vez, é suportar a presença do outro, por causa de um valor maior que a divergência de valores. É um tipo de amor, a um bem maior, não ao suportado, contudo um refreio de um mal interior (intelectual), em nome de uma paz exterior, uma paz social, a coletividade. Em um mundo de novidades não seria melhor assim? Uma virtude da coletividade,