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Mostrando postagens de junho, 2004

Teoria Pura do Amor

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Falar de uma virtude tão grandiosa, o amor, é falar de algo que não temos e buscamos ter. E falarei de sua pureza, não de sua essência, nem de seu comportamento, nem de sua origem.  Quando falamos pureza falamos de retirar, limpar todas as impurezas do conceito de amor, pois geralmente confundimos amor com felicidade, com justiça ou com outras virtudes. Busquemos a pureza desse amor então.   Por nossa característica mortal ou mutável podemos experimentar a pureza do amor por breves momentos. Em "Abril Despedaçado" o irmão de Tonho experimentou um amor (fraterno) puro, em poucos instantes, porque sacrificou a própria vida em favor do irmão. Ele não queria mais nada para si.  Da mesma forma, uma mulher num noticiário local suportou apanhar do namorado e passar fome

Nosso Dia dos Namorados - "Fim"

Texto criado em 12/06/2004 . "Novamente volto a acreditar que o momento tanto esperado chegou. Acho que finalmente a encontrei. Um dia antes do dia dos namorados (12 de junho 2004). À noite, no Maraíra Shopping, na praça de alimentação. E não sabia como a encontraria. Não queria predefinir nada para não cair em estereótipos de amor. Mas em palavras, poesias ou cantos não deixava de expressar o meu tamanho desejo em encontrar esse amor. E a encontrei. Nem sei seu nome completo. Quando fui apresentado por sua irmã fiquei tão preso ao seu olhar, também preso ao meu (e isso ficou claro para a irmã dela), que não prestei atenção na pronúncia de seu nome. E passei o dia dos namorados pensando nela e nem sabia seu nome até o momento em que um conhecido nosso me disse seu nome e telefone. Liguei para o celular de sua irmã e para o dela várias vezes (peguei o número com um amigo, este já havia notado tudo). E nada de atender. E passei o dia dos namorados pensando nela e com

Nosso Dia dos Namorados - III

Texto criado em 11/06/2004.   Dia 12 Chegando... III Vou coletar todos os meus textos e comentários e entender para onde estou caminhando. Talvez não descubra nada, mas preciso fazer isso para entender minha inconstância, ansiedade que reluto em não acreditar existir. Às vezes eu não entendo como estou. Dizem ser uma fase... Espero. Talvez eu não saiba ainda viver como solteiro. Mas quero aprender. Só que está difícil... Não estou sabendo dizer “não” quando se deve. É carência? Tive momentos de euforia, de paixão, de decepção e estas coisas deixam você meio confuso, desacreditado, só, recluso, mas logo em seguida o contrário. Já surgiu até coisas engraçadas por causa disso tudo: “cindo dedos”! (pra quem entende), mas não tenho nenhuma intenção safada (acredite quem quiser) por causa dos acontecimentos ocorridos. Eu não os procurei. Aconteceram e pronto! E não queria que passassem, mas passou. Bola pra frente. Eu odeio simplismos, chavões, clichês de auto-ajuda. P

Nosso Dia dos Namorados - II

Texto criado em 10/06/2004.   Dia 12 Chegando... II Ontem no Box assisti a "Como se fosse a primeira vez" (50 First Dates). Chorei (incutido) mais do que rir, confesso. Porque o filme tem uma temática parecida com o que falei ontem: eternidade, amor, (im)possibilidade... Outro filme excelente na mesma linha é "Meia-noite e Um". Escrevi agora antes de passear pela orla de Tambaú. Como moro perto fui caminhar e flutuar um pouco com minha "companheira de solidão" (pra quem lembra). Lendo "Pequeno Tratado das Grandes Virtudes" (André Comte-Sponville) noto (e percebo na prática) como a paixão se diferencia do amor. A paixão é um egoísmo. O amor é o egoísmo do outro, o seu prazer está em satisfazer o outro, seja complementando, ajudando, acompanhando, compartilhando, chorando, rindo, sendo... Mas prefiro não fazer teorias e valores sobre o assunto. Prefiro registrar o que sinto. Sem conclusões. Geralmente é assim que faço quando es

Nosso Dia dos Namorados - I

Texto criado em 09/06/2004. Dia 12 chegando... Se eu já soubesse da passagem temporária de cada amor em minha vida não sofreria tanto com o término, com a perda, com a impossibilidade... É por querer a eternidade com esse amor que o amor se torna tão forte e tão valioso para mim. E sofro não por uma história ao fim, mas por mais uma história, começando ou terminando. Já não tenho mais um amor do passado para lembrar. São amores. Mas eu queria assim? Não! Porque o eventual não é o normal. A conseqüência não se tornou o objetivo das coisas. Um amor quero para sempre, para todos os momentos, para todas as descobertas... Se acabou, é uma conseqüência inesperada. Aconteceu! Mas não era para ser assim. Cada beijo para mim é um trocar de almas assim como o sexo é um trocar de corpos, como se fossem apenas um. Se os faço sem amor, incipiente ou não, tenha a certeza, no outro dia tenho nojo de mim, ressaca de mim mesmo. Mas agora tenho amores. E não reclamo de nenhum deles