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Mostrando postagens de fevereiro, 2017

"Uma história sobre o nosso mundo": primeira parte de um conto nosso.

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I – Nem um começo nem um fim E o porco entregou a galinha ao escorpião, com o sentimento de que não era sujo como os outros porcos. A raposa, contudo, olhava fixamente para um ponto distante, enquanto o porco passava bem próximo, a sua frente, como se diante de uma grande atrocidade, profundamente triste, porém incapaz de efetuar qualquer movimento, até mesmo com a própria face - nem mesmo conseguia chegar a uma explicação para tamanha incapacidade. O porco, incomodado por aquele olhar da raposa, após alguns passos, voltou e perguntou: "O que foi? Estou limpo! Não sou como os outros. Eu perguntei. E ele me disse que era incapaz disso.". Levemente a raposa apenas movimentou a cabeça, de cima para baixo, umas duas vezes. O porco, então, após alguns segundos, impacientemente dispara: "Você não é diferente das outras". E antes de ir embora, a raposa respondeu: "Eu não queria, mas vi a lama que você nunca abandonou". O porco expressou o desejo em diz

Quatro cuidados básicos para não se enganar fácil pelas polêmicas "da Biologia"

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Esse texto era para ser um simples comentário em uma postagem da página Biólogo  no Facebook, a respeito do Criacionismo , mas como ficou longo, então fiz uma formatação aqui. Logo seguem alguns cuidados, especialmente para aqueles que estão tendo contato pela primeira vez com certos "conflitos" ou polêmicas de alguma ciência - nesse caso é o da Biologia. 1. A aculturação se diz "divulgação científica"! Nem toda divulgação científica está preocupada com os dados da observação , mas com a continuidade de um paradigma . Talvez com o tempo ou com experiência de muitas leituras isso fica mais claro ao leigo. Pelo menos, tente ir além da notícia, direto na fonte do artigo, do livro ou do canal de comunicação do cientista. Como a maioria não tem tempo para isso, pelo menos tenha cautela, cobre uma melhor elucidação da crítica ou do conflito, citando claramente as fontes, por exemplo. A Wikipedia , a "fonte" da postagem em questão, está no mesmo nível

Quine e a tal analiticidade de Leibniz de novo

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Explicação de Leibniz da sua "analiticidade" Lendo "Dois Dogmas do Empirismo" de Quine, novamente me deparo com uma citação crítica a Leibniz semelhante a feita por Russell, que não reflete o pensamento completo do próprio Leibniz (e não precisa ler muito para perceber isso), quanto ao que ele entendia por analiticidade das verdades de razão. Na página 38, Quine diz: - "falou das verdades de razão como verdadeiras em todos os mundos possíveis"; - "não poderíam, em nenhum caso, ser falsas"; - "enunciados cujas negações são autocontraditórias. Mas essa definição tem pouco valor explicativo". Mas Leibniz diz tais enunciados nada falam do mundo ("não diz nada")! A verdade aí não é factual, mas semelhante a resolução de uma equação matemática como "2 + 2 = 4", que no fim resulta numa identidade como "4 = 4", só que seriam noções ou caracteres a serem resolvidos e não símbolos matemáticos. E ninguém ci