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Mostrando postagens de janeiro, 2017

O paradigma do tamanho físico para definir (in)significância

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Em 2013 falei sobre este mesmo tema sob o título "O paradigma da lagarta medíocre". Depois de um tempo como estudante de Filosofia, muita coisa mudou, mas o paradigma do tamanho físico para definir (in)significância continua o mesmo. Para se ter uma ideia dessa mentalidade basta fazer uma busca no Google com "nao somos nada no universo". Uma referência bem popular, nesse sentido, é Nietzsche (1844-1900). Esse filósofo alemão "conta que, num recanto distante do universo, uma estrela tinha um planeta a sua volta. Neste, uma raça de insetos viveu por 1 milhão de anos e criou uma coisa chamada conhecimento, que os insetos tinham em alta conta. Com a morte da estrela, tudo se apagou. E o universo continuou no seu silêncio e na sua indiferença" (PONDÉ, 2014). Segundo o bioquímico americano Behe (1997), a base molecular da vida somente passou a ser eluciada, a partir da década de 1950, com a bioquímica. Antes com Charles Darwin (1809-1882) se pensava a vi

A moderação entre pais e filhos através do choro

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O choro expressa um sofrimento, desde o parto até a morte. No parto, é a primeira linguagem utilizada pelo ser humano, e comumente é interpretada como um desejo natural em voltar a uma zona de conforto, na qual estava acostumado. E enquanto, não se desenvolve por completo o jogo de sons e palavras, é ainda a linguagem mais utilizada. Nesse estágio, alguns pais, por outro lado, desenvolvem uma habilidade especial em detectar quando o choro é manha ou não. E dependendo do tipo de choro, uma vez preocupados com a moderação do bebê, atendem ou não o desejo "dito" pelo choro - esses pais sabem: moderar é amar . Com o tempo, a complexidade aumenta, mas o princípio de moderação é o mesmo para uma relação efetiva de amor em diferentes momentos da vida . Moderação, aliás, é um dos princípios basilares dos tratados éticos antigos. Vivemos uma época em que os pais já não mais reconhecem o choro dos filhos. Uma das razões, justificam, é que não são mais bebês. O choro, que antes es

O jogo da comunidade científica, o jogo científico e a velha guerrinha ateu evolucionista x criacionista

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Esta reflexão nasceu hoje pela manhã em função de uma postagem, na qual um amigo me citou. Trata-se do vídeo legendado por Luc Anderssen  (abaixo). Logo não é algo bem refletido e exaustivo. Imagine você diante de duas pessoas jogando um jogo que você não domina as regras, mas tem uma noção vaga das coisas (um leigo). Como todo leigo, você deveria ser cauteloso em não entrar num jogo contra alguém treinado, exceto se o outro tivesse uma postura caridosa em tolerar sua lentidão e derrotas pedagógicas. O treinado ficaria realmente feliz em ter vencido alguém não-treinado? Talvez, diante de outros leigos, para ego próprio e/ou dos amigos. Isso me lembra agora Francis Bacon, tradicionalmente tido como fundador da ciência moderna como a conhecemos (outra histografia vem mostrando que foram certos medievais, mas isso é outra história), que tinha uma preocupação com o progresso geral e não pessoal, como descrito em seu Novum Organum . Alguns trechos: "A verdadeira e legítima