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Mostrando postagens de setembro, 2007

Mais um chaveiro: Aquiles e Edith

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Tenho agora mais um chaveiro e o amor mais uma vez me surpreendeu. De fato, não há um padrão, uma condição, um tempo, uma experiência, uma relação, uma lei ao nosso entendimento para o amor. Basta apenas existirmos. Certo dia, antes do meu casamento, meu pai havia me dado um chaveiro para fazer propaganda de seu escritório. Preferia algo mais discreto e menor. De qualquer forma, juntei com outras coisas realmente importantes: as chaves da minha casa, do meu trabalho e da casa dos meus pais. Então, o chaveiro ficou ali, fazendo mais peso e sem valor algum. Contudo, tenho um amor indescritível pelo meu pai. Talvez, descrevendo o prazer que tenho da presença dele, possa ter uma idéia. Sinto uma “doce agonia”, uma “paz anestesiante” quando o vejo fazendo coisas naturais do dia-a-dia: jogando futebol, falando sobre Direito, das aulas da faculdade... Eu sempre o beijo e o abraço como se acabara de reencontrar a amada perdida de longos anos. Se eu pudesse, “namoraria” meu pai a todo instante

De nada adianta a liberdade se não temos a liberdade de errar?

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"De nada adianta a liberdade se não temos a liberdade de errar" (Gandhi). Porque de nada adianta a liberdade de errar se já temos o conhecimento do erro. Ora, porque alguém gostaria de fazer algo errado sabendo do mau desse erro? Só faria então por dois motivos: ou porque sua natureza (mente, coração e/ou vontade) é má ou porque desconhece que erro é de fato um erro. Se tivéssemos o conhecimento do erro e a impossibilidade de errar não haveria a necessidade da liberdade de errar. Teríamos então uma liberdade perfeita onde haveria uma natureza (mente, coração e vontade) voltada a não errar. A liberdade que hoje vivemos é verdadeira (porque vivenciamos o que é falso e verdadeiro) contudo não perfeita (porque não temos garantia de vivermos apenas o verdadeiro). A liberdade perfeita não pode ser alcançada gradualmente com a mesma natureza que tem a liberdade verdadeira. Não pode existir a noção de aos poucos cada vez mais perfeito. Na verdade você pode exper

"Isto vos escandaliza?"

"Muitos de seus discípulos, ouvindo isto, disseram: Duro é este discurso, quem o pode ouvir? Compreendendo que seus discípulos murmuravam a respeito disto, Jesus lhes disse: Isto vos escandaliza ?" (João 6:60,61). Outra coisa que não consta num " guia prático de virtudes e pecados" (ver "A Praga do Legalismo"*), acredito ser a dificuldade em separar escândalo legítimo do ilegítimo ou diferenciar discordância de fraqueza. Diante de um sermão que acreditamos ter pontos divergentes da própria Bíblia podemos nos "escandalizar". Podemos ter normalmente um ato de discordância - com certa surpresa, já que um pregador deveria zelar pelo entendimento correto das Escrituras. Da mesma forma pode ocorrer com a prática de um determinado líder - este acreditando ser correta - mas pensamos ser de encontro com a moralidade cristã. Logo, casos legítimos num contexto de liberdade de pensamento: cada um defende aquilo que acredita ser verdadeiro biblicamente.

Implicação da Cruz: Segurança Eterna

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Certamente todo crente reconheceria que toda a glória da salvação do pecador pertence a Deus. Mas isto normalmente fica na intenção, na prática ocorre diferente quando avaliamos as causas e conseqüências de seus pensamentos. Ora, nenhum crente deve se vangloriar na presença de Deus (I Coríntios 1.29), mas as implicações de seu pensamento ou prática podem levar a isso. Devemos está sempre nos policiando de nossos próprios pensamentos e caminhos. O crente perde ou não a salvação? Esta é um pergunta antiga, que para alguns é um assunto polêmico e já para outros é secundário. Contudo, não podemos negar a importância do assunto porque acreditamos com o exposto bíblico ser uma implicação da “palavra da cruz”, mais especificamente da justificação pela fé. E diminuir ou negligenciar algum ponto da justificação pela fé é afetar diretamente a glória devida a Deus. Graves implicações bíblicas Vejamos quais as implicações em se adotar a perda da salvação como possível ou verdadeira: 1.

Numa caverna de pré-conceitos

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  Vivemos numa sociedade que prega o esvaziamento de pré-conceitos quanto às diferenças de raça, credo, cor, sexo e cultura do outro. A razão é simples. O pré-conceito nos faz tirar conclusões precipitadas ou erradas a respeito do outro. E isto pode gerar não só ao próximo, porém a nós mesmos péssimos resultados. Bem, crendo que você não é uma pessoa pré-conceituosa farei a seguinte pergunta: burocracia é ruim a uma empresa? Pense bem. Talvez quando olhamos a constante complicação nos serviços públicos com seus departamentos, filas, carimbos e amontoado de papéis impedindo soluções rápidas aos seus clientes, causando ineficiência à organização, naturalmente respondemos que burocracia é prejudicial sim. Contudo, o pai da teoria burocrática, o famoso sociólogo Max Weber, não ficaria nada satisfeito com essa conclusão. A razão é simples. Estamos confundindo a noção popular de burocracia, um defeito do sistema, com a noção real ou original. Se estudarmos sobre a teoria das organiza

Entenda por que muitos entram e saem rapidinho das igrejas

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“Porque não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê [...]. Porque no evangelho é revelada, de fé em fé, a justiça de Deus” (Romanos 1.16,17). Os ouvintes de nosso evangelismo entendem que estamos revelando a justiça de Deus? Nosso evangelismo segue princípios bíblicos sobre o assunto? Há atualmente nas pregações e nos eventos evangelísticos de muitas igrejas o que podemos chamar de sistema de apelo: métodos e práticas que procuram produzir um resultado numérico satisfatório no momento do apelo. Quando falamos sistema de apelo não estamos nos referindo ao apelo em si (bíblico), mas a algo que procura tornar o apelo (mais) “eficaz”. É possível? Os pilares desse sistema normalmente são a psicologia, a demonstração visual e o pragmatismo. Na verdade poderíamos colocar os dois primeiros como resultados do último. Quando falamos psicologia não estamos desmerecendo o trabalho dos psicólogos, mas apenas afirmando o óbvio: seu trabalho é

Casos e lições da Graça

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O legalismo dentro da igreja é um dos maiores inimigos da Graça, isto é, de seu conhecimento e de sua prática visíveis aos que carecem da mesma. Uma concepção e prática equilibradas são então necessárias principalmente em atividades públicas da igreja, como o culto (público). Neste caso muitas vezes o cristão se encontra num dilema devido a regras de reverência em atos públicos como o culto que podem limitar a sua liberdade no contexto da graça. Uma diretriz bíblica que exalta a graça* Libertar os outros significa que jamais podemos assumir uma posição para a qual não estamos qualificados. Isto, numa sentença, basta para impedir que qualquer pessoa julgue outra. Não estamos qualificados. Falta-nos o conhecimento total. Quantas vezes nos precipitamos a tirar conclusões erradas, fazendo declarações críticas, só para descobrir mais tarde nosso erro... e até desejar ter mordido a língua. O que nos impede de sermos qualificados para julgar Não conhecemos todos os fatos. Somos i

Santo, Santo, Santo

Um homem estava em dúvida a respeito de um ponto que seu professor de matemática elaborou, que era a seguinte pergunta: “Quando retiro os números pares de um conjunto infinito de números (naturais) estou retirando a metade dos números desse conjunto infinito?” Já sua filha de seis anos estava pensando sobre como ela veio ao mundo, e seu pai explicou da seguinte forma: “Eu e sua mãe gostávamos muito um do outro e pedimos ao amor para te criar e um dia você apareceu e foi crescendo dentro da barriga dela até sair”. Na primeira situação aquele homem não consegue afirmar coisa alguma porque não é (conhece) infinito para assegurar sua resposta. E a menina se sente aliviada com a explicação antropomórfica do pai, que não é exaustiva, mas é verdadeira. Geralmente quando pensamos em santidade logo vem a nossa mente a idéia de moral, ética ou retidão. E por isso muitos pensam ser Deus, o Deus do cristianismo (judaísmo), uma criação humana para a Igreja ter poder sobre os homens. Contudo, inde

Medo de amar mais a Deus

Este texto é de autoria de Dudu (um grande amigo meu). Particularmente acho este texto fantástico. :) E pessoalmente nunca não vou me esquecer de uma frase que ele me mostrou quando eu estava numa fase obscura da minha vida espiritual: "Deus nos deu toda a graça não só para crermos nEle, mas também para padecermos por Cristo." (Filipenses 1:30). Sumário Introdução Realidade Cristã Conseqüências do Medo Conclusão Introdução Imagine um casal apaixonado. É uma figura antiga e nascida junto com o “Romantismo” que teve origem no Reino Unido, mas ganhou força de revolução junto à Revolução Francesa no fim do século XVIII e perdura até os dias de hoje e que mudou completamente a noção bíblica ou cultural de todos os países do mundo desde então. Uma linda garota, porém sofrida, pois vem de um relacionamento quebrado com um rapaz que conhecera desde a infância e assumiu um compromisso ainda no início de sua doce e inocente adolescência. O rapaz a traiu, a prendeu, a cercou