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Mostrando postagens de abril, 2012

Crianças abrigadas

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Hoje fiz minha primeira visita ao Lar Jesus de Nazaré, em Jaguaribe, João Pessoa, PB, que cuida de crianças e adolescentes abrigados, como parte do meu trabalho no Criança Viva, da Cidade Viva. Lar Jesus de Nazaré, o retângulo na figura Em breve falo mais a respeito, por enquanto, apenas algumas informações. De acordo com o estudo da Universidade Federal da Paraíba chamado “A realidade dos abrigos para crianças e adolescentes de João Pessoa: desafios e perspectivas”, 77,4% dos abrigados na Capital têm família, dos quais 61,8% têm os vínculos familiares mantidos. O motivo mais frequente que leva as crianças às casas de acolhimento é justamente a carência de recursos materiais da família. Segundo o levantamento da UFPB, essa causa corresponde a 23,8%. Logo depois, vem o abandono pelos pais ou responsáveis, com 19,5%; pais sem condições de cuidar de crianças e de adolescentes com deficiências e patologias complexas, com 11%; violência doméstica, com 10,2%; vivência de ru

Quando a alma não é a única esperança - parte 2

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Onde estão as nossas memórias? No cérebro, na alma ou no espírito? Quanta e com que qualidade podemos armazenar de informação de cada instante de nossa vida em nós mesmos? Existe um filme, chamado "Violação de Privacidade" com Robin Williams ("The Final Cut", 2003), em que algumas pessoas possuem em seu cérebro um implante de memória, comprado por seus pais antes mesmo de nascerem, registrando todos os fatos ocorridos em sua vida. Após sua morte esse implante é retirado e, com o material nele existente, é editado um filme sobre a vida da pessoa, que é exibido em uma cerimônia póstuma chamada Rememória. Veja um trailer dele abaixo. O interessante desse filme, além da própria história, é a simplicidade tecnológica para armazenar, consultar e editar toda a memória de uma pessoa. Isso um dia poderá ser até banal, como é o telefone celular hoje. Até mesmo a ideia de armazenar ou transportar informações que não fossem escritas em um papel, pele de animal ou

Quando a alma não é a única esperança - parte 1

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Se alguém perguntasse a razão da continuidade da vida após a morte, qual seria provavelmente a resposta? Imortalidade da alma? Homem formado de espírito ou alma? Comunicação com mortos ou desencarnados? Experiências com anjos, fantasmas, espíritos ou divindades? Sentido da vida? Centelha divina? Penso, logo existo? De qualquer forma, a maioria das respostas geralmente é fundamentada numa antropologia cultural religiosa.   Essa antropologia religiosa pode ser encontrada, por exemplo, no Espiritismo Kardecista e no Cristianismo. No primeiro há o seguinte fundamento: "1 – o corpo ou ser material análogo aos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2 – a alma ou ser imaterial, espírito encarnado no corpo; 3 – o laço que prende a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o espírito" [1]. Nessa crença o homem é um corpo, espírito e perispírito. Já no outro há internamente diferentes posições, dependendo da interpretação da Bíblia: corpo, alma e espí