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Mostrando postagens de 2013

Novos Caminhos no Ano Novo

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Nesse Natal e no no Ano Novo passarei a viver novos caminhos, e novas emoções.  Tomando posse no TJ-PB Foram quase 10 anos numa das maiores e melhores empresas de TI da Paraíba, Phoebus . Não posso negar a sua influência na formação do meu caráter profissional e pessoal. Foram muitas vitórias e lutas, sem dúvida. E certas coisas não tem preço: o reconhecimento de colegas, gestores e estagiários (!). As portas sempre abertas. Tudo isso é o tesouro que levamos além das coisas passageiras. E no melhor momento de minha carreira profissional, como líder de uma equipe de talentos (SHIELD), surgiu, nesse fim de ano, a possibilidade de seguir novos caminhos: desenvolver uma carreira acadêmica (mestrado, doutorado, ensino) e como servidor público.  Além disso, poder me dedicar a uma teologia, ainda solitária, mas aguardando o melhor momento e oportunidade para desenvolvê-la, sem deixar de tentar ser um bom pai, marido e cristão. SHIELD: Equipe de Desenvolvimento da

Leituras: Pura Picaretagem

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Gostei do livro "Pura Picaretagem" [1] de Daniel Bezerra e Carlos Orsi, e recomendo, especialmente aos cristãos, com algumas ressalvas. É um bom manual para denunciar uma literatura de autoajuda e esoterismo que se aproveita da desinformação e das lacunas existentes na Física Quântica, no entanto não deixar de fazer afirmações, nas quais ressalvas são necessárias, sobre outras questões direta ou indiretamente envolvidas no tema principal. A primeira ressalva refere-se à história contada sobre Galileu, o pai do "Método Científico, que vem a ser a observação e medição criteriosa de um fenômeno, a elaboração de hipóteses para explicá-lo e o teste dessas hipóteses". No livro, esse método rendeu "sucessos estrondosos" que geraram "dissabores com a Igreja" (p. 29). Aqui a história é mal informada e se tornou um dogma, principalmente de ateus. Recomendo alguns artigos, no site "Logos - Apologética Cristã", pesquisando por &quo

Entenda um pouco da revolução pela fé com alguns recursos hermenêuticos

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Estava lendo um livro [1], de dois ateus, criticando a "ideia de que os desejos, as crenças, as expectativas e as intenções da mente humana de algum modo criam ou moldam a realidade que nos cerca", inclusive utilizando, como exemplo, que fortalece essa ideia, a "promessa de Jesus de que a fé move montanhas", com base no versículo de Marcos 11.23:  "Porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito". De fato, se for fazer uma pequena busca virtual não será difícil encontrar o uso dessa passagem como justificativa para um "cheque em branco" do banco de milagres de Deus , logo esses autores, nesse contexto, não estavam errados com tal citação. Aliás, é possível encontrar muitos livros  (cristãos) sobre o poder das palavras. Mas afinal, qual o seu entendimento, como cristão ? Você leu o versículo e

Viver é peregrinar

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Só a introdução do livro "Vivendo com Propósitos", de Ed René Kivitz, já trouxe várias lições, que só agora comecei a ler, pois o tenho guardado há muito tempo. A primeira coisa foi conhecer a lei da linearidade , de Larry Crabb, "uma lei que declara que existe um A que leva ao B que você quer. Calcule A, faça o que manda e terá a vida que mais deseja". E ela está presente numa das principais maldições da nossa época: "os livros de auto-ajuda que reduzem a vida humana a uma complexa série de causas e efeitos. Esses livros fazem promessas perigosas e induzem a pessoa a adotar uma série de atitudes e comportamentos que - se seguidos à risca - supostamente resultarão em harmonia, progresso e sucesso nos relacionamentos e nos alvos profissionais. (...) No final das contas, porém, geram neuroses e frustrações". Essa lei era bem semelhante ao que os amigos de Jó tentaram lhe ensinar, em vão! Já a segunda coisa foi a apresentação da conclusão do auto

Mas a Bíblia é tão antiga e são tantas interpretações...

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Nos tempos de infância (da fé) achava estranho confiar ou acreditar em algo tão antigo como os livros da Bíblia, porém com o tempo e maturidade (da fé) foi possível entender a necessidade dela não ser apenas antiga, escrita num contexto histórico-cultural bem distante do nosso, mas aplicável a qualquer tempo e cultura, aonde é possível, por meio da hermenêutica bíblica. Aí geralmente surge outra dificuldade: mas existem tantas interpretações. É bom lembrar que esse problema sempre existiu nos tempos bíblicos e não faltaram críticas de Jesus e dos apóstolos, porém isso nunca deixará de existir, pois é intrínseco a qualquer retórica . A questão é o seu posicionamento diante disso tudo: assumir o risco desses dois argumentos (apenas brevemente citados) como suficientes para evitar um maior aprofundamento no conhecimento de Deus e de si mesmo, a partir de uma perspectiva cristã, pode ser uma atitude de imprudência ou mesmo de soberba. É uma questão de virtude, afinal, e não de i

Repensando o que você orgulhosamente conseguiu com sua fé e vida

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Não tenho dúvidas do quanto "um novo entendimento muda a vida de uma pessoa" (Terry Johnson), pois um pouco mais de dez anos atrás, tinha conhecido várias fontes de orgulho na própria fé que praticava (ainda incipiente) e na vida que levava, quando bebi do olhar da graça de Deus (através do livro "A Doutrina da Graça na Vida Prática", de Terry Johnson). Nessa época, a arrogância era uma impureza difícil de se detectar porque não havia a lupa da Graça. Aliás, o "pecado mais apreciado pelo diabo é o orgulho que imita a humildade" (Samuel Taylor Coleridge). Ora, pensei que podia me tornar orgulhoso da própria conversão. Afinal passei por um longo processo intelectual, questionando todas as coisas: a intenção dos líderes, a história da igreja, a interpretação dos textos sagrados etc. Considerei, então, todos os fatos (diferente dos ignorantes e fanáticos) e tomei a decisão certa: ser cristão. Acreditando nisso, concluía possuir uma sabedor

Sou contra o Projeto “Cura Gay” e a favor do PDL 234/2011

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Por diversos ângulos é possível entender a confusão em torno do projeto, conhecido popularmente como “Cura Gay”, “do pastor” Feliciano: a desinformação direta e indireta pelos meios de comunicação; fuga da oposição ao bom debate com má retórica; e a superficialidade da opinião de massa. Uma vez entendidos esses ângulos, é necessário olhar para uma minoria, ainda pouco conhecida, assim como foram os gays em outras épocas ou são em outras sociedades mais rígidas, mas que aos poucos estão surgindo e precisam de direitos humanos também . "A sexualidade não é um número, ela se constrói num corpo e numa mente inseridos numa cultura. Só aí, temos milhares de aspectos subjetivos. Várias psicólogas e psicanalistas contemporâneas, a exemplo da Psic. Regina Navarro, dizem, por exemplo, que a tendência da sociedade no futuro é ser bissexual". De antemão, para não atrapalhar o seu entendimento, em função do filtro cognitivo que possa existir, saiba que sou contra a tal “cur

Fé não é oposição à razão

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O entendimento da supranaturalidade não é motivo para desencorajar a fé e a razão respectivamente daqueles que oram pelo “impossível” ou dos que buscam crescer nas ciências, “porque andamos por fé, e não por vista” (II Co 5.7), pois é “a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem” (Hb 11.1). Assim a fé é uma oposição à visão e não à razão , pois quem reconhece a supranaturalidade da Vida, não se limita mais em viver confiando apenas em uma porção da realidade: natural, visível. Por conseguinte, essa convicção faz crescer a certeza no Autor de toda naturalidade. Agora, nem tudo é invisível. “Crer é também pensar” a implicação dos axiomas cridos e na coerência de seu sistema de pensamento, de modo a não cometer uma prática incoerente com a própria crença. Desse modo, a fé não é cega por não haver uma demonstração ou comprovação científica, pois nem tudo pode ser deduzido. Ora, nas ciências sempre haverá axiomas, que nunca foram deduzidos, mas

Natural, Sobrenatural e Supranatural

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Como pode ter lido em Gênesis , a origem do homem pode ser entendida em termos naturais, mesmo não exaustivamente, mas não apenas de forma antinatural. Na verdade, popularmente tem havido uma diferença entre eventos naturais e sobrenaturais em que o primeiro rege-se por leis da natureza, mas o segundo, não. Exemplo dessa mentalidade são os milagres. Sproul, nesse sentido, chama a atenção para os diferentes usos do termo milagre (Sproul, 1999, pp. 59, 60) : Uso leviano ou rotineiro, como um pôr-do-sol ou escapar por um triz; Deus operando por “meios secundários das leis naturais”, referindo “às coisas comuns que apontam para uma causa incomum no poder de Deus”, como a complexidade do nascimento de um bebê; Deus operando por “meios secundários num tempo e lugar mais específicos”, como a estrela de Belém; Deus “contrariando o que é natural”, como a ressurreição de mortos, na qual “pode não haver nenhuma explicação natural para tais eventos”. Certamente o autor de

Uma antiga aula de Química e Biologia em Gênesis

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Segundo Augustus Nicodemus (Lopes, 2004, p. 28), um dos pontos de equilíbrio entre a “divindade e a humanidade das Escrituras” está na linguagem de acomodação. Essa linguagem seria a expressão pelos autores bíblicos “nos termos e dentro do conhecimento disponível naquela época, acomodando a verdade revelada em termos do que sabiam do mundo”.  O autor, então, cita que no “livro de Levítico, se diz que a lebre rumina e que o morcego é uma ave. Sabemos que pelos padrões científicos atuais lebre não ruminam e morcegos não são aves”, justificando que do ponto de vista do observador “todos os animais que mexem com a boca após comer parecem ruminantes e tudo que tem asas e voa parece ave!” (Lopes, 2004, p. 28). Por causa dessa característica de acomodação, a Bíblia é a-científica, não buscando, então, ser científica, como uma fonte de Antropologia, ou mesmo anticientífica, como se fosse motivo para negar as descobertas e avanços científicos.  O que os autores e persona