Mas a Bíblia é tão antiga e são tantas interpretações...
Nos tempos de infância (da fé)
achava estranho confiar ou acreditar em algo tão antigo como os livros da
Bíblia, porém com o tempo e maturidade (da fé) foi possível entender a
necessidade dela não ser apenas antiga, escrita num contexto histórico-cultural
bem distante do nosso, mas aplicável a qualquer tempo e cultura, aonde é
possível, por meio da hermenêutica bíblica.
Aí geralmente surge outra
dificuldade: mas existem tantas interpretações. É bom lembrar que esse problema
sempre existiu nos tempos bíblicos e não faltaram críticas de Jesus e dos
apóstolos, porém isso nunca deixará de existir, pois é intrínseco a qualquer
retórica.
A questão é o seu posicionamento
diante disso tudo: assumir o risco desses dois argumentos (apenas brevemente
citados) como suficientes para evitar um maior aprofundamento no conhecimento
de Deus e de si mesmo, a partir de uma perspectiva cristã, pode ser uma atitude
de imprudência ou mesmo de soberba. É uma questão de virtude, afinal, e não de
intelectualidade ou método.
Aqueles que colocaram Jesus na
cruz acreditavam que ele era mais uma fraude, porém, no mínimo, evitaram
questionar seus próprios posicionamentos, deixaram a sensibilidade ou empatia de
lado e nem sequer procuraram verificar de perto a vida do outro, que tanto
julgaram. Muitos desses, aliás, arrependeram-se de tão grande imprudência,
segundo relato do apóstolo Paulo.
Esse foi apenas um simples
pensamento que me veio hoje...
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