Nosso Dia dos Namorados - I

Texto criado em 09/06/2004.


Dia 12 chegando...

Se eu já soubesse da passagem temporária de cada amor em minha vida não sofreria tanto com o término, com a perda, com a impossibilidade... É por querer a eternidade com esse amor que o amor se torna tão forte e tão valioso para mim.

E sofro não por uma história ao fim, mas por mais uma história, começando ou terminando.

Já não tenho mais um amor do passado para lembrar. São amores. Mas eu queria assim? Não! Porque o eventual não é o normal. A conseqüência não se tornou o objetivo das coisas. Um amor quero para sempre, para todos os momentos, para todas as descobertas... Se acabou, é uma conseqüência inesperada. Aconteceu! Mas não era para ser assim.

Cada beijo para mim é um trocar de almas assim como o sexo é um trocar de corpos, como se fossem apenas um. Se os faço sem amor, incipiente ou não, tenha a certeza, no outro dia tenho nojo de mim, ressaca de mim mesmo.

Mas agora tenho amores. E não reclamo de nenhum deles. Foram maravilhosos. Contudo queria apenas um... E não me deixarei levar, ser dominado, conformado por essa normalidade de conseqüências inesperadas. Ainda continuarei acreditando nas “minhas três coisas” (pra quem lembra), mesmo vindo o inesperado.

Ainda continuarei te esperando meu amor, mesmo não sabendo quem seja (principalmente agora que não tem mais ninguém em minha mente). Mas sei que você existe e está por aí. No dia 12 estarei em uma das “minhas três coisas” pensando se uma dessas “minhas três coisas” se concretizará em uma dessas “minhas três coisas” (pra quem entende).

P.S. Mandei para o flog certa vez sobre “Três Coisas Minhas” no dia 29/04/2004. E uma delas falava sobre “ser conquistado”. Hoje já sei bem o que é: ser conquistado é ambos estarem cuidando de si como uma mãe cuida de seu bebê. O bebê está totalmente entregue à mãe. E a mãe conhece totalmente a fragilidade do bebê. Não existem barreiras para se amarem.

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