Nosso Dia dos Namorados - II

Texto criado em 10/06/2004.
 
Dia 12 Chegando... II

Ontem no Box assisti a "Como se fosse a primeira vez" (50 First Dates). Chorei (incutido) mais do que rir, confesso.

Porque o filme tem uma temática parecida com o que falei ontem: eternidade, amor, (im)possibilidade... Outro filme excelente na mesma linha é "Meia-noite e Um".

Escrevi agora antes de passear pela orla de Tambaú. Como moro perto fui caminhar e flutuar um pouco com minha "companheira de solidão" (pra quem lembra).

Lendo "Pequeno Tratado das Grandes Virtudes" (André Comte-Sponville) noto (e percebo na prática) como a paixão se diferencia do amor. A paixão é um egoísmo. O amor é o egoísmo do outro, o seu prazer está em satisfazer o outro, seja complementando, ajudando, acompanhando, compartilhando, chorando, rindo, sendo...

Mas prefiro não fazer teorias e valores sobre o assunto. Prefiro registrar o que sinto. Sem conclusões. Geralmente é assim que faço quando escrevo algo. Ainda sou menino demais para falar sobre isso ou mortal mesmo. Há muito tempo tentava encontrar uma definição para o "ser conquistado" e chegou do "nada". Talvez haja ainda alguma lapidação no conceito. O tempo confirmará ou nunca.

Não quero uma pessoa descomplicada (não para querer uma complicada), nem uma inteligente (porque acham que sou mas não para querer uma burra), nem uma que me dê vantagens (não para ter problemas), porque não quero paixão. Quero amor. Amar simplesmente porque assim resolvi (Deus quis assim) te amar. Seja sofrendo, lutando, perdendo ou só rindo, ganhando.

Meu amor!
A eternidade nos aguarda.
Pois assim prefiro acreditar.
Não sei quem tu és.
Pois não preciso de tua perfeição.
Nem de teu agrado.
Quero ser teu egoísmo.
Mas imagina se for mútuo?
Seremos um, então.

P.S. Minha companheira de solidão é minha moto tá?! ;)

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