O risco da convivência


Normalmente quando um namoro começa, o casal espera um relacionamento feliz a dois. Tudo é "só alegria", o que proporciona uma maior dedicação um ao outro. Contudo o risco da convivência vir a destruir o próprio relacionamento não é levado em conta - e não deixa de ser natural pelo incipiente empreendimento pessoal.

Todo relacionamento é um empreendimento com riscos, sejam pessoais (um namoro, uma amizade) ou profissionais (um trabalho, um cargo). Espera-se algo constante de uma amizade ou de um trabalho, não necessariamente mensurável ou palpável, como por exemplo respeito, atenção, boa comunicação, fidelidade, bom trato, que pode não vir a acontecer ou desaparecer com o tempo por causa exatamente da convivência. Não qualquer convivência.

Às vezes convivemos com uma excelente pessoa na faculdade. Nas aulas, nos estudos, na monitoria, enfim, no ambiente da faculdade onde convivem. Contudo o mesmo pode ser um péssimo colega de trabalho. É um amigo que é preferível não ter como colega de trabalho. E a amizade pode acabar com a convivência no trabalho. Parece antagônico, entretanto é um paradoxo. Por um lado é bom conviver com ele num ambiente, por outro lado é péssimo conviver com ele em outro ambiente.

Vejamos um caso de dois amigos de uma convivência de aproximadamente 5 anos numa pelada de futebol nos fins de semana, com direito a confraternizações, premiações, passeios e festas. E estes começam a trabalhar juntos. Contudo um deles apresenta valores morais discordantes do outro. Começa a fazer negócios incorretos para proveito próprio. E na convivência do dia-a-dia, a tensão do outro, que não concorda com tais práticas e valores, vai aumentando até chegar um ponto insuportável. E dois relacionamentos podem acabar por da convivência de um.

Relações como gerente-subordinado, patrão-empregado, marido-mulher, podem na convivência trazer a tona o choque de valores e práticas individuais. E alguns para não perderem todos os relacionamentos que possuem com o outro ou se separam temporariamente, ou conversam muito ou se aceitam. No caso da aceitação, de preferência implícita, escolhe-se manter o relacionamento cuja convivência é sadia para ambas as partes.

Particularmente passei por algumas aceitações. =/

Comentários

Raquel Camargo disse…
É realmente estranho esse tipo de situação, digamos que na maioria das vezes não são muito confortáveis...

Por um momento pensei se seria incoveniente abordar questões religiosas em um blog, aí lembrei de tu, alguém além de mim que podria fazer o mesmo... Por isso vim aqui da um "fuçada". Tenho descoberto algumas coisas legais estudando teologia com uma visão da psicologia...

Abraço e parabéns pelo filho.

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