Carta a minha vizinha do andar de cima


Carta que fiz hoje para entregar a minha vizinha, do andar de cima. Agora é esperar o resultado dessa novela. Isso acontece com vocês?


PEDIDO
Olá vizinha do andar de cima, depois de muito tempo, estou aqui pedindo novamente a sua atenção para uma questão simples, porém, podendo ser delicada, dependendo da reação de cada um: o uso de salto alto às 6h da manhã.
Será que estou sendo indelicado ou exagerado? De longe essa é a intenção, mas certamente você não gostaria de acordar num horário diferente do esperado, não é? Não gostaria de ter sua liberdade restringida?
No entanto vivemos numa sociedade, em que a liberdade de um termina quando começa a do outro, por uma razão simples: um convívio seguro ou sadio entre as pessoas. Imagina andar no trânsito em qualquer direção simplesmente porque alguém quer. Sabe o resultado, não é?
Da mesma forma, ocorre num condomínio: não dá para viver como se não estivesse em um. Entretanto no seu caso, acredito verdadeiramente que restringir a liberdade de usar seu salto alto dentro do apartamento enquanto se prepara para sair, o que normalmente dura uns 20 minutos, quase todos os dias não deve ser tão difícil assim. Exceto se for por recomendação médica, aí não há o que discutir, e minha intenção perde seu valor aqui. Nesse último caso, é tolerar e agüentar um pouco, quase todos os dias.
Não só eu, mas minha esposa, que tem dificuldade para dormir, e meu filho, de 4 anos. Geralmente acordamos próximo de 8 horas da manhã, 2 horas de diferença da sua realidade. Imagina alguém te acordar com um tambor estranho ao lado do seu ouvido, repetindo as batidas a cada minuto, duas horas antes do que você espera. Incomodaria? É assim para nós quase todos os dias.
Estou aqui tentando passar um pouco o nosso lado para despertar a sua empatia e compreensão, não a sua ira.
Grato pela atenção,
24/07/2012 06:49 (hoje de manhã)
Aislan Fernandes

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