Ao meu velho amigo


Velho amigo,

Permita-me o direito de ser ouvido, porque a dor da injustiça é grande.

Talvez você não saiba, mas me colocou numa cadeia por tanto tempo e não me disse qual foi o meu grande pecado. Que tão grande mal é esse para estar assim? Nenhum diálogo comigo...

Em alguns momentos da minha vida, alguns assuntos tomam conta da minha mente, mas não me condene pelo resto da vida!

Às vezes, só falo a respeito de religião, outras vezes de política, sexualidade ou outra coisa, porém nem mesmo as suporto por muito tempo. Logo, viro a página. A vida continua. Prefiro o contato diário. Até o silêncio, porque os atos falam mais alto.

Porém não sei ao certo se são ciúmes, mágoas ou simples tristeza, mas a sua publicidade com os outros martela meu coração, revelando realmente o quanto amo a sua amizade, especialmente pela história construída, num passado de tantas adversidades compartilhadas.

Sinto-me falando ao vento, dentro daquela mesma cadeia, provavelmente por causa de uma opinião divergente, contudo não entendendo como pode haver uma democracia assim (se for política), nem mesmo como pode haver graça assim (se for religião, teologia ou espiritualidade), ou mesmo se há amor (se for questão de gênero ou outro comportamento).

Mas não consigo deixar de dizer: o mais valioso para mim é sua amizade, viva em minha vida, e não meu desesperado julgamento. Este último jogue fora, se me ouvir, porque no fim, o amor é maior, meu velho amigo.

Queria eu poder exorcizar essa prisão do meu coração, mas só Deus pode tirá-la. E por isso, espero apenas nEle que chegue a ter você a esperança...

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