Processo Unificado (PU) - Mitos do Reuso da Tecnologia de Objeto

A edição mais recente do livro do Larman* está muito boa: várias atualizações e explicações de confusões relacionadas com outras metodologias como Scrum e XP. Mas particularmente uma me chamou a atenção: mitos do reuso (capítulo 37).

Acolha as mudanças também no PU!
Antes de continuar apenas deixar claro uma confusão comum entre as pessoas: UP x XP. Depois de ler XP por Kent Beck (posts anteriores) sem dúvida nenhuma é mais do que natural pensar que eles podem ser complementares (mesmo porque o próprio Larman já diz isso e faz várias referências diretas ao Beck!).

O mito é bem interessante: as pessoas buscam tecnologia de objeto (TO) por causa do reuso, quando na verdade TO não foi feita para isso, apesar de ser usada para tal. Além disso, desenvolver pensando em reuso é entrar na mesma problemática de programar pensando em problemas do futuro (sem futuro?) que o XP combate (ver posts anteriores).

O autor então questiona a real motivação dessas pessoas, se técnicas ou culturais. Porque o reuso é difícil e questionável (ver razões no XP), apesar dos vários artigos e livros por aí. 

Um "desenvolvedor experiente na TO pode contar a você uma história de guerra acerca da tentativa errônea de larga escala de uma organização para criar a grande biblioteca de reusáveis ou serviços para a companhia, gastando um ano e milhões de dólares e terminando com um projeto falho, ou um que perdeu o objetivo."* 

Impressionante como já experimentei isso "de perto" algumas vezes...

No fim é importante rever seus conceitos quanto aos reais motivos em adotar TO em sua programação: manutenção mais fácil, logo economia de custos, principalmente quando o sistema está em produção.

* LARMAN, Craig. Utilizando UML e padrões: uma introdução à análise e ao projeto orientado a objetos e ao Processo Unificado. Porto Alegre: Bookman, 2004.

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