Eu sou meu corpo. E ainda assim creio.


Uma analogia tão simples e tão poderosa, uma revolução em minha convicção de mundo e vida, especialmente numa incipiente visão materialista!
A semente só morre quando a terra se encontra em uma condição em que uma nova planta nasce.
Dois organismos e um mesmo ser. A planta não é a semente. Não apresentam o mesmo organismo (funcionalidade e composição corporal).
Onde está a nossa planta, mesmo não acreditando em alma ou espírito, como algo imaterial ou divino?
(Linguagens secundárias, como diz Rorty, que não diminuem o valor ético e moral da corporificação viva do mundo.)
Para Aristóteles não fazia sentido uma alma imortal em um corpo mortal. Tudo era corpo.
Eu sou meu corpo.
E ainda assim creio, como o apóstolo Paulo, que escandalizou a tantos com esta analogia.
A ressurreição é uma metatransformação de nosso ser. A morte é apenas a semente adormecida na terra, aguardando...
Há muito a dizer e descobrir, essencialmente na linguagem, antes mesmo do mundo.
Talvez um manifesto prematuro...

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