Sua Empresa é Sensível ou Plena?

Interessante a abordagem de Reis (2006) a respeito de dois tipos de empresas que adotam a estrutura de trabalho em equipes.

A “empresa sensível” se preocupa com “a alma da empresa”, contudo de forma equivocada, onde a passividade é confundida com educação e confrarias com equipes. Os funcionários são assustados, submissos e dependentes, cujos interesses individuais prevalecem sobre o compromisso diante dos objetivos organizacionais. O estilo de gestão comando-e-controle (a falta de capacidade em gerenciar pessoas) colabora bastante nesse sentido.

A “empresa plena” está interessada nas pessoas, abrindo espaços para o desenvolvimento da interdependência (autonomia madura e integrada coletivamente) e não da independência (autonomia imatura e individualista). Nesse ambiente equipes de alto desempenho podem surgir, porque cada membro para a ser um elemento estimulador dos outros para a superação das metas e objetivos postos.

Importante lembrar que para existir uma equipe é preciso mais do que proximidade. Ora, o trabalho coletivo é inerente à organização, independentemente do nome dado ao arranjo de pessoas e funções, o grupo faz parte do trabalho, não se sujeitando apenas ao manejo estrutural do gestor, pois a coletividade ocorre de qualquer forma, formal ou informalmente (BIEHL, 2004). 
 
Havendo pessoas trabalhando numa única sala já termos um grupo. O ponto, no entanto, é fazer de um grupo uma equipe que traga para organização “melhor qualidade, produtividade e serviço, maior rapidez de resposta à mudança tecnológica, menos categorias funcionais e mais simples, mais eficiência aos novos valores dos colaboradores, habilidade para atrair e reter as melhores pessoas” (WELLINS, BYHAN e WILSON apud BIEHL, 2004).

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BIEHL, Kátia Andrade. Grupos e Equipes de trabalho: Uma Estratégia de Gestão. In: BITENCOURT, Claudia (org.). Gestão contemporânea de pessoas: novas práticas, conceitos tradicionais. Porto Alegre: Bookman, 2004. p. 134-143.

REIS, Ana Maria Viegas et al. Desenvolvimento de equipes. Rio de Janeiro: FGV, 2006.

Comentários

Anônimo disse…
Muito obrigada foi muito esclarecedor.

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