Em dois passos, você sai das aparências


Há pouco me veio um breve pensamento, sobre coisas que não dá para resumir em algumas palavras, mas numa tentativa, posso estar falando da lógica da virtude, e sua aplicação prática, para nós. Siga até o fim o raciocínio.

O que ignora uma mensagem cristã, pelas aparências, é tão extremo quanto o que a aceita, também por aparências, sem avaliar a essência dela. Há aqueles, que diante da aparência dos maus exemplos, em quantidade ou qualidade, ignoram analisar o conteúdo da mensagem, porém há os que, diante dos benefícios naturais ou das experiências sobrenaturais, aceita sem convicção alguma fazer parte dos que vivem dessa mensagem.

É preciso um equilíbrio. E esse meio termo está exatamente entre os dois extremos. A virtude está entre dois vícios. Nem aceitar nem ignorar, mas desenvolver convicção para aceitar ou rejeitar. E não há convicção sem analisar a mensagem. E não há análise sem interesse sincero, uma espécie de virtude, o qual podemos incluir, pelo menos, moderação, prudência.

Mas a realização dessa virtude é o seu primeiro passo. Se não passar dele, necessariamente estará incluindo em algum extremo, vício, e não precisará de nenhum código moral, religião ou ideologia para te proteger. Basta essa lógica da virtude. Assim, as aparências são apenas as primeiras pedras no caminho para a essência.

Dessa forma, pode se perguntar: e as outras (anti)crenças? O primeiro passo é o mesmo para todos. A mensagem cristã foi um exemplo.

Seguindo em frente, talvez um segundo passo, conseguindo desenvolver uma convicção, não mais estará na condição de réu natural, pelo menos, pois não estará mais preso a aparências, mesmo sendo visto entre elas. As aparências nunca fizeram parte da mensagem, mas do caminho.

E como não há como enxergar além das pedras, se não passar por elas, muitos além das pedras não conseguem comunicar, com a mesma exatidão, em que enxergam, aos que estão atrás das pedras, a não ser por imagens ou sombras do real, mas nunca o real, além das aparências.

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