Aos que divulgam blitz: são co-participantes dos males (Parte 4)

Nem tudo se aprende ouvindo, mas experimentando! Por mais discurso que possa dar, muitas pessoas, só através da experiência ou dor próxima, entendem efetivamente certos ensinamentos ou mandamentos. Não foi diferente com os cristãos da igreja primitiva.
Muitos religiosos são alienados, fanáticos ou legalistas porque experimentaram os ensinamentos apenas numa perspectiva ou realidade menor. É bom ler algo semelhante em relação ao exame da OAB.

O legalismo sempre foi uma praga dentro do cristianismo, por uma razão indireta simples: a igreja é formada de gente. Por outro lado, isso não é absoluto. Muitos, inclusive eu e próximos a mim, já experimentaram uma melhoria de caráter cristão por causa desse problema. Há esperança!

Não foi diferente para alguns cristãos, piedosos, exemplares, mestres da lei, do ensino, porém com uma visão estreita sobre um "direito de liberdade". Será diferente para o perfil @LeiSecaJP e semelhantes?

(Observação: a exposição é pública por causa da liberdade de expressão e do perfil público).
Já virou piada cultural encontrar ética e moralidade em advogado. É raro, seja por causa do legalismo ou por pura corrupção. Logo, não é mais surpresa, nem era dentro do cristianismo, encontrar certa contradição em alguns defensores da lei. Somos todos passíveis disso!

Você obedece a lei porque é lei? Simples assim? Basta haver um guia formal e pronto? Não dá para agir "fora da caixa"?

Era exatamente isso que o apóstolo Paulo estava alertando com relação a um problema parecido, relacionado a direito e liberdade (I Coríntios 8). Quem é cristão ou católico deveria lê-lo com cuidado.

Nesse episódio havia um grupo "forte", os "dotados de saber", e um grupo "fraco", neófitos ou fracos na fé. E segundo Paulo ambos estavam pecando, e pior, o segundo por influência do primeiro. E isso simplesmente porque os "fortes" estavam fazendo algo, que sabiam não ser pecado, porém quando os "fracos" faziam a mesma coisa, tinham dúvidas e aí acabavam pecando.

Em outras palavras, a mesma coisa que para um era lícito e amoral, era pecado para outro. Não é simplesmente uma questão de "algo legal", todavia de "quem está sendo" alguma coisa. Depende da circunstância, da dimensão envolvida no ato e não apenas do ato em si. Qual será a dimensão de um perfil como este?




Paulo então concorda com os "fortes" de que o ato em si não era errado ("divulgar blitz não é crime"), porém os condenava pela falta de amor (soberba) com a consciência dos "fracos", pois aqueles não queriam limitar um pouco da liberdade, do direito que tinham, em favor ou amor por estes. Aqueles acabaram se tornando co-participantes dos pecados destes.

Divulgar blitz nunca foi crime nem por isso deixa de ser criticado não para ser condenado ou julgado como isso ou aquilo, porém para ser melhorado, com uma postura própria diante de outros perfis no Brasil.

Nem Jesus nem Paulo eram insensíveis ou apáticos quanto ao sofrimento ou possível influência negativa para com os outros. Eles foram sempre injustiçados porque primeiro deram o exemplo antes de haver a nova lei do evangelho, do amor e não da letra. Aliás, morreram por ela e não lucraram com nada, "só perderam".


Comentários

Aislan Fernandes disse…
O detalhe do perfil com "Advogado e Católico" é tocado com talento pelo Rique França em http://riquefranca.wordpress.com/2011/11/27/blitz-entre-o-licito-e-o-correto/

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