Fale do evangelho aos cães, e de suas maravilhas aos porcos
Não se pode interpretar qualquer passagem bíblica sem aplicar adequadamente alguns princípios hermenêuticos básicos, principalmente quando há figuras de linguagem. Exemplo disso é a interpretação do versículo Mateus 7:6: "Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem". Quem são os "cães" e os "porcos"? O que são as "coisas santas" e as "pérolas"? Antes disso, é possível perceber "diretamente" (se literalmente) que esses "animais" não sabem distinguir o valor desses objetos, tratando-as, logo, com indiferença, por conseguinte, danificando-as naturalmente. Mas são figuras de linguagem ou uma descrição literal? Se literal, não se está, pelo menos, dizendo algo óbvio, logo desnecessário num contexto bíblico (moral e espiritual)? Primeiro, é perigoso usar o sentido em si de um animal como se fosse abs...