Teoria Pura do Sexo

O homem, a sociedade já corrompeu tanto a noção de sexo, com certas conotações imorais, que seria difícil até pensar tal ato como simbolizando o prazer na presença de Deus.
 
Se o sexo existisse meramente para a reprodução poderia não haver a necessidade (com sentido?) de prazer no momento do ato. Poderia ser um momento de extrema intimidade, mas sem prazer. Até mesmo sem intimidade. Entretanto, além da intimidade, é o momento de maior prazer de dois seres. É o momento de maior intimidade, porque ambos se tornam (mostram) uma só carne: "Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão uma só carne".

O nosso prazer por alguém se torna mais íntimo, mais forte, mais prazeroso, à medida que estamos mais em sua presença. Durante o namoro, um casal pode experimentar um nível de prazer que não se compara durante o sexo. É muito superior e maior. 

Em princípio, com Deus não é diferente. Com o corpo que hoje vivemos apenas podemos experimentar um "namoro" com Deus, um prazer relacional. Podemos ter prazer nessa presença relacional de Deus: "Confiou no Senhor; que ele o livre; que ele o salve, pois que nele tem prazer" (Salmos 22.8). E Deus pode ter prazer em nós: "Mas o meu justo viverá da fé; e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele" (Hebreus 10.38). 

A natureza, no entanto, que hoje vivemos, é apenas sombra daquilo que haveremos de ser: "O primeiro homem, sendo da terra, é terreno; o segundo homem é do céu" (I Coríntios 15.47). Existe a diferença entre o homem e a mulher para que ambos possam experimentar através do sexo - se fosse puro - uma sombra, uma amostra, uma simbologia do que haverá nos céus com Deus. Por isso é que nos céus não haverá necessidade dessa diferença sexual: "Porquanto, ao ressuscitarem dos mortos, nem se casam, nem se dão em casamento; pelo contrário, são como os anjos nos céus" (Marcos 12.25). 

O sexo, que é uma das principais formas de prazer do ser humano, pode ser o grande símbolo em sua forma pura de ser da presença não mais relacional com Deus, contudo face a face. Imagine um puro ou santo gozo eterno?! 

Assim como o homem deixa seus pais para se unir a sua mulher, numa só carne, o ser humano deixa sua natureza terrena para se unir a Deus numa só presença.

Comentários

Aislan Fernandes disse…
Texto revisado, atualizado e corrigido. :)

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